Pra início de conversa, vamos deixar claro que ser vulnerável nada tem a ver com passividade e/ou fraqueza.
A vulnerabilidade é condição da existência humana. É verdade que todos os dias nos deparamos com pessoas e situações, onde a vulnerabilidade social é distribuída desigualmente (surpresos? O mundo É desigual), mas aqui hoje vamos falar de uma vulnerabilidade básica (fundamentada pela incrível Filósofa Judith Butler), que todos temos. Todos? Todos!
Mas o que me diferencia do outro? Bom, a maneira como você escolhe lidar com a sua vulnerabilidade, negando-a ou aceitando-a. Negar a condição de vulnerabilidade é também negar a possibilidade de precisar do outro em algum momento, não se reconhecer ser social e a importância das relações para seu crescimento pessoal.
Assim, em contraponto, reconhecer e aceitar a condição de vulnerabilidade implica em algo muito importante que é entender a interdependência, a qual nos faz ter oportunidades melhores de sobrevivência e conquistar uma vida melhor (com aquilo que importa pra você). Se distanciar da vulnerabilidade gera a ideia de “autocentramento”, onde nada o afeta e não permite a experiência do desamparo, e é exatamente essa experiência que inaugura a necessidade do outro.
Deixe o “homem de ferro” pra Marvel criar histórias, conecte-se com o sujeito penetrável e “afetável” que você é, com boas experiências e outras nem tão boas assim.